“Tem alguma coisa errada no Maranhão e no meu ponto de vista é porque tudo vai pra política, tudo”
Por duas horas, numa parceria inédita entre os programas da Rádio Difusora AM 680, Espaço Capital, ancorado por Robert Lobato e participação de Ricardo Santos, e Nossa Voz, apresentado por de Kim Lopes, o ex-secretário e ex-deputado Ricardo Murad foi entrevistado pelos jornalistas e falou sobre temas polêmicos da política, desde o cenário nacional e local, como a reforma da previdência, o hospital do servidor no Maranhão e sua opinião sobre a Operação Pegadores da Polícia Federal, etc.
Ricardo Murad deu demonstração inequívoca que se preparou para ser governador do Maranhão. É verdade que tem uma eleição dura pela frente e a caminhada até o Palácio dos Leões não é nada fácil, mas, sem dúvida alguma, o ex-secretário de Saúde tem estatura para disputar e comandar o cargo de chefe do executivo maranhense.
O maior mérito de Ricardo é não fugir de quaisquer temas que seja provocado a comentar, por mais inconveniente que seja. Foi assim quando, na entrevista, foi questionado sobre a sua passagem pela Secretaria de Estado da Saúde, cuja gestão é alvo de investigação.
Sem titubear, Ricardo Murad disse que isso é uma questão que está a cargo da justiça, que já prestou os depoimentos que foram necessários às autoridades judiciais e que está com a consciência tranquila porque nem ele e nenhum técnico ou gestor que fez parte da sua equipe na SES respondem inquérito ou foram presos pela Polícia Federal, tal como ocorreu com gestores da Saúde no governo Flávio Dino presos pela Operação Pegadores.
Governo diferente
Ricardo Murad afirmou que não pretende fazer “um governo de mudanças”, mas um “governo diferente”.
E pela que consta na sua Carta Compromisso, o pré-candidato realmente tem propostas que nada parece com já foi apresentado no passado por outros pretendes ao cargo de governador.
Além de querer fazer do Porto do Itaqui o principal instrumento para o desenvolvimento econômico do nosso estado, Ricardo Murad tem propostas concretas e viáveis para o infraestrutura viária do Maranhão. E tudo associado ao potencial do Porto do Itaqui.
Entre essas propostas, destaca-se a construção da ponte rodoferroviária ligando a ilha de São Luis à Baixada Maranhense, saindo do Porto da Madeira até o Cujupi.
São cerca de 20 KM de ponte que Ricardo Murad, se eleito governador, pretende fazer praticamente com 100% de dinheiro privado via empresas nacionais e de países que têm interesses de investir no Maranhão devido o grande potencial de produção de alimentos do estado.
Isso sem falar em proposta para as áreas de áreas da segurança, educação, cultura e assistência social.
Para a saúde, Ricardo Murad vai retomar e dar um novo incremento ao Saúde é Vida, um programa coordenado pelo pré-candidato quando esteve á frente da SES e até hoje considerado o maior e mais bem sucedido arcabouço de políticas públicas na área da saúde de todos os tempos.
Enfim, a entrevista do pré-candidato ao governo do Maranhão Ricardo Murad foi muito esclarecedora, democrática e serviu para a população maranhense conhecer um pouco mais sobre quem é Ricardo Murad, talvez o político mais perseguido, caluniado e agredido do Maranhão dos últimos tempos.
E para finalizar, as palavras do próprio pré-candidato sobre o que pensa do governo Flávio Dino e da forma de governar que todos os governadores nestes últimos 50 anos adotaram e que, segundo Ricardo Murad, é causa do Maranhão sempre ficar na rabeira quando o assunto são os índices socioeconômicos do estado.
“O Flávio Dino está no último ano de mandato e não mudou nenhuma vírgula no ranking, o Maranhão era último, penúltimo, continua último e penúltimo. Tem alguma coisa errada nos governos do Maranhão. E não adianta culpar os outros. Por que o Flávio Dino não mudou e o Maranhão continua na mesma? Eu quando entrei na saúde não permiti política dentro dos hospitais e nem nas UPA’s. Mas eu consegui fazer um trabalho que mudou a realidade da saúde. Se você entrava antes numa unidade de saúde e entrou depois que assumir você vê uma coisa decente, de qualidade e de resultados, que dava satisfação ao povo. Como é que um governador passa 4 anos com todo poder que tem e não consegue mudar a realidade numa educação, por que nós temos o pior ensino? Tem alguma coisa errada no Maranhão e no meu ponto de vista é porque tudo vai pra política, tudo. Se você quer administrar a educação, a política entra. ‘Ah eu quero nomear o diretor’. ‘Ah eu quero isso’. O delegado a mesma coisa. O diretor do hospital a mesma coisa. Enquanto estiver neste modelo, o Maranhão não terá resultado de gestão. E no meu governo eu penso diferente completamente de tudo que já passou”.
Esse é o Ricardo Murad.